E desse mundo do qual nada levarei,
pareço tudo querer ter.
Mas não quero - e quero.
O mundo me quer,
as coisas me querem.
Querem meu salário,
querem meu trabalho.
Querem meu desejo,
querem meu delírio.
Querem meu querer,
querem poder ter.
Nada basta,
Tudo é irrisório.
No vazio impreenchível
da angústia
da espera interminável.
Fim do mês.
Fim do ano.
Fim do ciclo.
Fim da vida.
Fim da espera,
quando vem?
Quanto custa?
Em quantas vezes?
E tem garantia?
Que garanta a tranquilidade
a felicidade,
o sorriso?
...
E com meus desejos,
o que faço?
São vendáveis?
Vendavais?
Vendo minha alma
Por um desejo apenas, pulsa
Ela só quer paz,
Ela só quer serenidade
...
Posso sentar e esperar
ou pra ficar
eu preciso consumir?
Conversa interna com a sacerdotisa
Há 4 anos
uhm
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