Sinto falta do que fazia antes. Criptografar em aparentemente banais ou enganosamente profundas mensagens aquilo que são simples devaneios. Coisas que não se diz, eu travisto. Mas a cada dia que passa leio menos, escrevo menos, penso menos. Em sentido contrário, cada vez mais me exijo mais apatia, mais silêncio, mais resignação. Não é fácil ver-se desintegrar lentamente, deixar-se suavemente ir com o vento. Se ontem era incapaz de matar uma inseto qualquer, hoje serei bem sucedido se for um bom queimador de carbono e ajudar a matar um planeta. Espero que passe logo. Farei-me de estúpido, se assim for preciso. Não ouvirei por meus ouvidos, não olharei por meus olhos. Vou me direcionar para dentro do si, último bastião da esperança. Lá onde algo ainda existe. Para além do ordinário, para além do possível.
Conversa interna com a sacerdotisa
Há 4 anos
Esse é o tipo de post que ninguém comenta?
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