Tem dias que as palavras não vêm. Ficam presas em algum lugar entre o desconforto e o desalento. Nesses dias a vontade é de puxá-las com os dedos e suavemente dobrá-las uma, duas, dez vezes até que tomem formas agradáveis ao olhar. Origami verbal, faria dobraduras em formato de gatinhos, flores, pássaros... Pois há dias em que o silêncio não basta e tampouco bastam as já velhas palavras, gastas pelo tempo, inutilizadas por uma nauseante repetição que insiste em esvaziá-las. De que valem palavras ocas?
Conversa interna com a sacerdotisa
Há 4 anos
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